terça-feira, 28 de abril de 2009

Sobrenome - uma questão cultural

Olá pessoal!

Hoje quero comentar um pouco sobre sobrenome!!! Parece um assunto meio estranho, mas como estamos no Québec ele vem a calhar. Eu e meu marido já moravamos juntos quando começamos a pensar em imigrar para o Québec. Nós casamos e regularizamos nossa situação civil. Para não termos nenhum problema na documentação, pensamos que se eu utilizasse o mesmo sobrenome que o dele tudo seria mais fácil!!!
Quando iniciamos o processo já estava com o sobrenome do meu marido e com todos os meus documentos brasileiros com o sobrenome de casada, inclusive o passaporte. Toda a minha documentação a nível federal no Canadá saiu com o sobrenome do meu marido, ou seja, a Carta de Residente Permanente. Porém,  aqui no Québec todas as pessoas conservam para sempre o seu nome de familia.  Quando fui fazer meus documentos a nível provincial como a Carta de Assurance Maladie tive que indicar o meu nome de familia. Ainda bem que aqui não se pede documento para provar, tudo é muito na base da confiança, pois todos os meus documentos do Brasil já estavam com o sobrenome de casada. Agora é uma confusão, pois nunca sabemos qual o sobrenome usar, uma vez que não conservei o sobrenome do meu pai. No banco e imobiliária tenho um sobrenome e por exemplo na conta da Hidro-Quebec vem outro. Ficamos mais confusos ainda quando temos que mandar algum formulário para o governo com dados da conta do banco como foi o caso da Declaração do Imposto de Renda.
O Thiago também passa por uma situação parecida, ele tem dois sobrenomes e com ele a indecisão já começou no preenchimento dos formulários, pois pedia nome de familia, logo o nome de familia entendemos que seria o último sobrenome e o segundo sobrenome ficou como se fosse um segundo nome. Agora ele adotou o primeiro sobrenome como seu segundo nome e usa somente um como sobrenome, quanta confusão!!!!
Para o registro do nosso filho que já nasceu aqui no Quebec resolvemos colocar os dois sobrenomes, ou seja, o meu de familia e o do Thiago de familia.  Quando se usa dois nomes ou dois sobrenomes é aconselhavel que estes venham separados por hífen, sendo assim o nome do nosso filhote ficou Olivier meu sobrenome-sobrenome do Thiago. Agora procuramos fazer da forma quebecoise para que ele não tenha as mesmas dúvidas que nós no futuro.
Bem, quem estiver pensando em imigrar para o Québec é melhor não trocar de sobrenome, hehehehe. 

Boa sorte a todos!!!

Silvia 

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Fim do inverno!!!

Olá pessoal!!!

Eu tinha me disposto a fazer um post sobre o inverno no início dele, mas o tempo foi passando e o inverno não é tão longo assim!!!!
Como fiz um post sobre roupas e como se preparar para inverno e agora que já posso dizer que já passei um no hemisfério norte, vou comentar um pouco como foi.
Sobre as botas: Elas foram mto importantes para mim. Mas pude observar que muitas pessoas não usam. A questão de serem impermeáveis é importante pois qdo neva e depois chove em muitos locais fica bastante água empossada. Nós compramos as de 400gr de material isolante e funcionam muito bem para dia a dia, qdo precisamos caminhar e nos deslocar, porém para ficar parado, esperando o ônibus por exemplo elas suportam em torno de 40min até 1h tranquilamente, após este período já se começa a sentir frio nos péa. Falo no tempo de esperar ônibus pois para mim foi a pior coisa do inverno. Qdo acontecem as nevascas, todos os ônibus atrasam, pois o trânsito realmente não funciona normalmente. Existem muitas máquinas nas ruas retirando a neve e isso ajuda mas tb torna o trânsito mais lento. Por algumas vezes fiquei esperando o ônibus que chegou a atrasar cerca de 2hs e após 40 min parada na rua sentia muito frio nos pés.   
Os pijamas térmicos também são necessários para temperaturas abaixo de zero, mas em algumas situações tive que tirá-lo, pois o ambiente estava muito quente. O Thiago usa roupa social para trabalhar e ele colocava esta calça em baixo da calça social e qdo chegava na empresa ele tirava. 
Os casacos é o que existe de melhor!!! É importante comprar um bom, pois vai evitar de se colocar mta roupa. O Thiago usa uma camisa, nos dias mais frios um colete de lã e o casaco. O Único incoveniente do casaco é os ambientes mto quente, como shopping, metro e etc qdo temos que tirar o casaco e carregar. O meu casaco tem umas alças por dentro, que me permitia tirá-lo e deixar pendurado nos ombros como se fosse um mochila, me deixando as mão livres.
As calças para neve realmente somente são interessantes em caso da prática do esporte, para o dia a dia não é necessário.
As meias eu tb comprei, mas não achei grande diferença de uma meia normal, talvéz a única vantagem é que com ela se sua menos no pé e que o pé não fica úmido.
Outros acessórios indispensáveis são: manta, luva e touca, sem estes é bem complicado de sair na rua.
Nós não compramos aqueles acessórios de colocar em baixo do calçado e não caimos nenhum tombo, mas é muito importante observar onde estamos caminhando e principalmente prestar atenção se nevou depois da chuva ou depois de um dia de temperatura mais alta. Um outra coisa bastante importante na previsão do tempo é a velocidade do vento. Aqui em Montreal tivemos dias bastante ventosos e isso influencia na temperatura ressentida. Lembro de um dia em que a temperatura estava em torno de -25C mas a sensassão térmica era de -35C. Uma temperatura de -35C é bastante frio, mas a grande diferença entre -25C e -35C é que os cílios e os pêlos no nariz começam a congelar o que  não é nada agradável.
Espero estar ajudando com estas informações, mas vamos falar das coisas boas do inverno!!!!
Primeiro: O sorvete é mais barato nesta época e podemos toma-lo todos os dias pois dentro de casa a temperatura é mto agradável!!!! 
Segundo: Existem muitas coisas legais para fazer, este ano não curti muito as atividades out-door pois estava grávida e achei melhor me preservar. Aqui em Montreal as atividades são inúmeras, pode se fazer ski de fond, raquete e patinagem no Mont-Royal ou ainda um passeio de treno ou mesmo a pé. Existem muitas pistas de ski alpin bem próximo de Montreal e são realmente muito legais. Brincar na neve, fazer boneco ou mesmo passear com as crianças também é mto legal. 
Aí vão algumas fotos do nosso primeiro inverno!


quarta-feira, 11 de março de 2009

A experiência de ter um filho no Québec - Parte II

Continuando...

Chegando em casa, nos sentimos mais à vontade e o instinto materno começa a funcionar rapidamente. Um dia em casa e uma enfermeira do CLSC nos ligou para marcar uma visita. Marcamos para o dia seguinte e no horário combinado ela estava lá em casa. Uma das suas primeiras perguntas foi se o pai estava em casa. Bem, o Thiago tem direito a dois dias de licença maternidade pagos pela empresa e mais 5 semanas que seriam pagas pelo governo, porém, decidimos que ele não pegaria estas cinco semanas neste momento, pois minha mãe e os pais dele estavam aqui para me ajudar e ele também está no meio de um trabalho na empresa que tem prazo para ser cumprido. Caso a mãe trabalhe, o pai pode passar esta licença para a mãe e, outra opção é que o pai pode gozar desta licença num outro momento. Voltando à visita da enfermeira...
Inicialmente ela fez um questionário sobre o meu dossier de saúde, estado físico e mental. Depois fez algumas questões sobre o bebê, tipo quantas vezes ele mama por dia, quantas vezes eu troco a fralda, enfim, estas coisas. Sugeriu que nós dessemos 1ml de vitamina D para ele todos os dias, que é a vitamina do sol, já que nesta época não é possível passear e se beneficiar diretamente do sol. Verificou o peso e o estado geral de saúde dele. Analisou o apartamento onde moramos e perguntou se eu tinha alguém para me ajudar na ausência do pai. Finalizando sua visita, ela me informou sobre as vacinas e me instruiu a ligar para o CLSC e marcar a primeira vacina que deverá ser feita com 2 meses de idade. Perguntou se eu já tinha um pediatra e informei que não, que já havia procurado, porém não tinha conseguido. Ela me passou uma lista de clinicas onde atendem clinicos geral e me instruiu a procurar um clínico, pois realmente é bastante difícil conseguir um pediatra e, caso o bebê precise, o clinico irá encaminhar para um pediatra. Me passou ainda um número para ligar e fazer uma inscrição para um vaga em creches do governo. Normalmente o tempo de espera por uma vaga em creche do governo varia em torno de 2 anos. A enfermeira também me questinou se já tinhamos feito o registro do Olivier e disse que recebemos o formulário no hospital, porém ainda não tinhamos feito. Ela nos instruiu fazer logo pois, após 30 dias teríamos que pagar uma multa. O registro é feito atravez do preenchimento de um formulário que deverá ser enviado por correio para Quebec. Após, receberemos a confirmação do registro e então, deveremos fazer a solicitação da certidão de nascimento. Ela nos questinou que tínhamos recebido no hospital os formulários para receber a ajuda mensal do governo. Informei que não havíamos recebido e então ela nos deu os formulários. Esta ajuda do governo consiste em duas partes, uma do governo federal e uma do governo provincial, sendo o valor em torno de 300 Cad por mês até o filho completar 18 anos. Perguntou se eu conhecia o serviço info-santé, que é um serviço disponibilizado por telefone, durate 24 horas, onde posso ligar para tirar dúvidas ou pedir qualquer instrução, os atendentes são também enfermeiras. Finalizando a enfermeira me deixou alguns polígrafos sobre a alimentação, aleitamento e coordenação motora do bebê. A primeira visita durou cerca de 1h e pude tirar algumas dúvidas e fazer algumas perguntas.
Marcamos uma nova visita para a próxima semana. Quando o Olivier completou 8 dias a enfermeira veio nos visitar novamente, desta vez a visita foi mais rápida, justo para verificar se continuava tudo bem e verificar novamente o peso do bebê. 
Com relação ao suporte após o parto também estamos bastante satisfeitos, exceto com relação ao atendimento por pediatra. Lamentamos que não existem pediatras para atender esta vasta gama de crianças que estão nascendo, afinal as pesquisas mostram que os nacimentos aumentam a cada ano. Mesmo o atendimento por clínico geral com horário marcado leva em torno de 2 meses para conseguir uma consulta e atendimento sem hora marcada é tão concorrido e está sempre cheio de pessoas doentes (principalmente gripes e viroses, neste período) que é melhor não ser atendido do que ir lá só para verificar se está tudo bem e voltar doente. Outra opção para atendimento médico seria conseguir um médico de familia que é tão difícil de conseguir quanto um pediatra. Apesar de possuirmos plano de saúde o atendimento médico é exclusivamente oferecido pelo governo, diferente do Brasil, aqui não podemos pagar por uma consulta particular para ser atendido. O plano de saúde daqui cobre os serviços que não são oferecidos pelo governo, como dentista, exames não disponibilizados, acomodação privativa no hospital, serviço de ambulância e auxilio medicamentos.
Bem, esta é a nossa experiência e o nosso ponto de vista!
Boa sorte a todos!
Silvia

terça-feira, 10 de março de 2009

A experiência de ter um filho no Québec - Parte I

Olá pessoal!!!
Ainda lembram de mim??? Já faz um tempo né, mas agora sou mãe e parece que o meu dia tem bem menos de 24hs!
Pois é, estamos muito felizes com a chegada do nosso filhote e queremos compartilhar com vcs a experiência de ter um bebê aqui no Québec. Eu já tinha falado um pouco no início da minha gestação sobre o atendimento. Fui acompanhada por uma médica obstetra que atende numa clínica perto de onde moramos, não tive dificuldade em conseguir uma médica para me atender, mas fiquei sabendo de mulheres que tiveram bastante dificuldade. As consultas eram mensais e em cada consulta era feita uma análise de urina para verificar a possibilidade de pré-eclampsia além de verificação de peso e pressão arterial. Durante a gestação fiz alguns exames logo depois da primeira consulta, duas ecografias e um exame para verificar a possibilidade de diabete gestacional. As consultas na clínica sempre eram rápidas, porém satisfatórias. Uma particularidade é que mesmo com hora marcada eu aguardava cerca de 1he 30min em cada consulta, sendo que por duas vezes aguardei cerca de 4hs para ser atendida. No último mês de gestação as consultas passaram a ser semanais e as vezes além de escutar o coração do bebê a médica também utilizava o aparelho de eco para vê-lo rapidamente.
Ainda durante a gestação tivemos um curso sobre aleitamento, oferecido pelo hospital e uma visita na maternidade do mesmo. O CLSC (posto de saúde) oferece três cursos pré-natal, sendo um sobre alimentação da grávida, outro sobre o parto e ainda sobre os primeiros dias do bebê. Todos os cursos são oferecidos em inglês e em francês.
O nosso bebê estava muito feliz dentro da barriga da mamãe e levou mais de 41 semanas para sair, hehehe, ou seja, tive que ser submetida a indução do parto. Na última consulta, que foi numa sexta-feira, a médica me disse que estaria encaminhando meu dossier para o hospital para ser feita a indução e que eu deveria aguardar a ligação do hospital pois também dependeria de ter vaga no hospital. Caso o hospital não ligasse até o próximo dia à tarde, eu deveria ir até lá para fazer um teste e verificar os batimentos cardíacos do pequeno. Como o hospital não ligou, resolvemos ligar e recebemos a informação de que haviam seis mulheres na lista de espera para fazer a indução. Sendo assim, fomos até o hospital para fazer o teste. Surpreendentemente a recepcionista da maternidade me informou que meu dossier não estava lá, porém como apresentei a carteirinha do hospital, comprovando que meu acompanhamento pré-natal estava sendo feito lá, eles me atenderam e fizerem o teste. Depois do teste o médico de plantão veio falar com nós, nos informou que estava tudo bem com o bebê e que eu deveria voltar para casa, disse ainda que no outro dia seria o plantão da minha médica e que provavelmente ela traria o meu dossier pessoalmente. No outro dia, uma enfermeira do hospital me ligou e me informou que a pedido da minha médica eu deveria ir ao hospital fazer novamente o teste. Fomos até o hospital, fiz o teste e enquanto eu fazia o teste um outra mulher teve seu bebê, então liberou um vaga para mim. A enfermeira que nos atendeu disse que poderíamos dar uma volta e voltar dentro de 1:30hs que seria o tempo necessário para higienizarem o quarto. Voltamos para casa, buscamos as coisas necessárias para ficar 2 dias no hospital e voltamos para lá. Chegando no hospital fui instalada num quarto privativo com direito a dois acompanhantes e que também poderiam assistir o parto. O quarto era mto bom, todo equipado para o nascimento do bebê. Uma enfermeira veio me atender e nos informou que ela me atenderia até ãs 8hs da manhã, caso eu não tivesse o bebê até este horário, outra pessoa iria lhe substituir, ela verificou o que eu estava usando como relógios e jóias e pediu que eu assinasse uma autorização para que fossem retirados caso eu tivesse que fazer uma cesariana, me pediu ainda para assinar um documento me responsabilizando pelos meus pertences, fez algumas perguntas entre elas se eu tinha alergia a algum medicamento. Como eu tenho alergia, uma pulseira vermelha com o nome do medicamento foi colocada no meu braço. Nos informou também que próximo dali havia uma cafeteria onde tinha suco, gelatina, água e sanduiches para mim e para os acompanhantes. Recebi a medicação e fiquei aguardando as tais dores que não demoraram muito a chegar. Mais tarde um estudante de medicina veio preencher um outro dossier e me fez algumas perguntas. Como era o plantão da minha médica, ela veio me ver e verificar como estava o andamento do trabalho de parto. Entrou no quarto com um semblante meio estranho e já se desculpando e dizendo que não sabia o que havia acontecido pois pediu para sua secretária enviar o meu dossier, porém o hospital não tinha recebido. A noite transcorreu dentro da normalidade esperada e quando não aguentei mais as dores pedi que me fizessem a anestesia epidural. A enfermeira chamou o anestesista que pediu para minha mãe sair do quarto por alguns minutos, meu marido pode ficar. Ele me falou um pouco sobre a anestesia e depois a aplicou. Eram cerca de 9hs da manhã quando o Olivier deu os primeiros sinais de que estava afim de vir ao mundo. Neste momento uma enfermeira (que falava português) passou a me acompanhar em tempo integral. Passou algum tempo o médico veio me ver, se apresentou, falou que fazia parte do grupo da minha médica, porém que o plantão dela já tinha terminado e foi embora. Somente mais tarde, perto do bebê nascer que ele voltou e com ele uma trupi de estudantes, acho que mais uns 2 ou 3 estudantes.  O Olivier nasceu e o médico cuidou da retirada da placenta e de fazer os pontos, neste momento ele também aplicou uma anestesia. O médico permitiu que um dos seus pupilos fizesse um dos pontos. Enquanto isso o Olivier era examinado ali mesmo no quarto, tudo terminado e ele me foi entregue nos braços para fazer o "peau a peau" uma prática bastante usada em vários lugares que consiste em colocar o bebê em contato com a mãe, pele à pele, durante uma hora mais ou menos. Caso a mãe não esteja em condições de fazê-lo, este contato pode ser feito pelo pai, o importante é que o bebê não perca o calor humano. Mais tarde fui transferida para um outro quarto. Como temos um plano de saúde da empresa onde o Thiago trabalha optamos por um quarto privativo, porém não tinha nenhum disponível naquele momento e ficamos num quarto semi-privativo até o final da tarde, qdo liberou um quarto. Os dois dias seguintes foram bastante cansativos. Eu não conseguia dormir, pois o Olivier estava com nós e, é claro, era nossa responsabilidade cuidar dele. Além de cuidar dele eu ainda tinha que aprender a aleitar. Sempre que precisava, podia chamar uma enfermeira por um interfone, porém as enfermeiras trocavam várias vezes. Acredito que tinham turno de 6hs. As visitas eram liberadas das 8hs da manhã às 20hs, além do Thiago que pôde ficar comigo em tempo integral. O quarto privativo era bom, tinha um sofá que virava cama para o acompanhante, televisão,  tinha um banheiro, porém não tinha ducha e tb não tinha frigobar. A ducha era coletiva e de uso exclusivo das mães e tinha uma geladeira que ficava na cafeteria e tb era de uso coletivo. No corredor tinham alguns armários com toalhas e roupas de cama, caso quiséssemos trocar podiamos pegar limpos. Eram servidas três refeições bem fartas, na maioria das vezes era o suficiente para duas pessoas, mas o hospital também dispunha de uma lancheria onde os acompanhantes podem fazer alguns lanches rápidos. Passados os dois dias a enfermeira nos avisou que teríamos alta naquele dia, porém antes faríamos o teste do pezinho. Teste feito, estávamos liberados para sair por volta do meio dia, mas não antes de passar na recepção da maternidade para conferência da cadeirinha para carro do bebê. A recepcionista verificou se o bebê estava bem colocado e com os cintos fechados. Passamos ainda no caixa para verificar se havia mais alguma coisa a pagar e não tinha. Esqueci de comentar que quando o Thiago fez a entrada no hospital teve que pagar um valor "x", mesmo tendo plano de saúde e o plano cobrindo 80% da nossa diária. Informaram que era um valor padrão e que deveríamos cobrar a diferença do plano. Bem, retornamos para casa!!!!
Ficamos muito satisfeitos com o acompanhamento que a grávida recebe durante a gestação e estamos muito felizes com a chegada do nosso filho!!!
Vou continuar um outro post para contar a nossa experiência após o hospital.  
Silvia

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Visa Americano!!!

Olá pessoal!!!

No mês de novembro passado resolvemos fazer o visto de turismo para os Estados Unidos, caso resolvermos conhecer o país visinho ou em caso de uma viagem ou conexão no país do Tio Sam. Achei interessante fazer um post sobre este assunto pois algumas regras mudaram recentemente. Alguns amigos brasileiros usaram empresas aéreas americanas e outros fizeram o visto ainda no Brasil com objetivos parecidos com os nossos. Vou procurar passar algumas informações interessantes caso alguém esteja pensando em fazer o visto. Vale salientar que estas informações é para quem já esteja morando aqui no Canadá. Até o mês de novembro eram vários formulários que deveriam ser preenchidos. Agora tudo foi compilado num formulário só, que é o formulário 160 e pode ser encontrado neste link:
 
https://ceac.state.gov/genniv/

Este formulário deve ser rigorosamente lido e preenchido. Algumas informações interessantes são: 
A foto também será enviada virtualmente e deve ser feito o download no momento do preenchimento do formulário. Algumas regras deverão ser seguidas para a foto, mas em geral não tem segredo e pode ser tirada com uma máquina digital em casa mesmo. Nós scaneamos a mesma foto do passaporte  e não tivemos problema algum.
Outra dica é que a entrevista deverá ser marcada neste outro link, pois não é feito automaticamente com o envio do formulário. segue o link:

https://www.nvars.com/Production/UserHome.aspx

Depois de marcada a entrevista deverá ser impresso o comprovante da entrevista e também a lista de documentos e as instruções para pagamento da taxa. A taxa deverá ser paga em dolar americano no banco Scotia.

Vale salientar que tem uma parte no formulário que pergunta quando pretendemos ir aos EUA, onde iremos, quanto tempo permaneceremos lá e ainda o nome da pessoa ou organização de contato, constando e-mail e telefone. Sem preencher estas informações não é possível passar para o próximo passo. 
A lista de documentos não é muito extensa, mas é importante juntar todos os documentos possíveis.
No caso do Thiago, como requerente principal, teve bastante coisas para preencher e comprovar, como contrato de trabalho. Na época eu ainda estava estudando, fazendo a francisation e apresentei um comprovante que foi expedido pelo Cegep onde estava estudando. O meu formulário foi bem mais fácil de preencher, bem menos detalhado. 
Para a marcação da entrevista levamos uns três dias, pois tentavamos todos os dias e todos os horários nos próximos 30 dias já estávam preenchidos.
No dia da entrevista que estava marcada para 8hs da manhã, procuramos chegar uns 30 minutos antes.  É importante saber que não se pode entrar no consulado com mochilas, somente uma pasta com os documentos, bem, as mulheres podem entrar com bolsa. Caso a pessoa possua mochila deverá guardar num guarda volumes de um shopping que fica próximo ao consulado, logo é melhor não levar nada para não perder tempo. Os celulares são desligados, recolhidos e entregues na saída. O processo todo foi bem rápido. Inicialmente aguardamos numa sala por cerca de 5 à 10min, depois fomos encaminhados para o andar onde foi realizada a entrevista. Aguardamos alguns minutos e fomos atendidos num guiche onde nossos passaportes foram verificados junto com o comprovante de marcação da entrevista e os recibos do pagamento da taxa. Mais alguns minutos e fomos chamados em um outro guiche para entrevista. A agente coletou nossas digitais e nos fez algumas perguntas que já tinhamos respondido nos formulários, pediu os nossos comprovantes como contrato de trabalho, extrato bancário, comprovante de minha matricula no Cegep e após conferir tudo nos disse que nosso visto foi aceito e que poderiamos retirar no outro dia após as 15hs. A entrevista pode ser realizada em inglês e francês. Nós tínhamos pedido visto de turismo e de negócios, sendo que para o de negócios, se for concedido a taxa deverá ser paga no momento da entrevista. No outro dia quando o Thiago foi buscar nossos passaportes tivemos a surpresa de um visto de 10 anos!!!
É isso, se pintar alguma dúvida e eu puder ajudar é só me escrever.
Boa sorte a todos!
Silvia

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Visitas do Brasil

Olá Pessoal!!!

Não tem nada melhor que depois de seis meses morando aqui no Canadá, acordar cedo e ir para o aeroporto receber as visitas que vem do Brasil!!!! Nós passamos por esta experiência no início do mês de dezembro e estamos muito contentes!!! Desta vez foram os pais do Thiago que vieram e no dia 19 de dezembro uma prima dele com a familia, mas em janeiro vem a minha mãe!!!! Uma viagem para o exterior requer algumas providências e também um preparo emocional, pois nossos pais não falam inglês e nem francês. Depois do passaporte em mãos é hora de encaminhar o visto, todos pediram o visto de múltiplas entradas e não tiveram dificuldade nenhuma em obter um visto de 5 anos. Para ajudar, encaminhamos alguns documentos scaneados como cópia do contrato de trabalho do Thiago, cópia do nosso visto de residente permanente e ainda uma carta convite (caso alguém precise do modelo da carta, entre em contato que posso passar por e-mail). No dia da chegada em Toronto todos devem passar pela imigração. Como não falam inglês, passamos uma carta explicando que eles estariam vindo nos visitar e que não falam inglês. Explicamos tudo o que deveriam fazer, como pegar a esteira e ir até a imigração, depois pegar as malas, colocar na outra esteira e então procurar o portão de embarque. Sugerimos também que no avião conversassem com algumas pessoas para saber se alguém viria até Montreal e que poderia ajudá-los para não se atrasarem e não perderem o vôo de conexão. Não foi difícil de encontrarem uma pessoa que estava vindo a Montreal a trabalho e que se dispôs a ajudá-los. Na realidade esta pessoa fez tudo, explicou na imigração que eles não falavam a lingua e que estavam vindo visitar o filho e a nora. O Agente de imigração perguntou a data de retorno e eles responderam, o visto foi dado para o período em que pretendem ficar por aqui.
Além da presença das pessoas que amamos a felicidade se completa com as coisas que vem na mala, hehehe. Fizemos várias encomendas, desde a erva-mate para o chimarrão semanal (devido a escassez), uma cachacinha, rapaduras de amendoim (desejo de nora grávida), remédios que não encontramos por aqui como Olina e própolis, alguns pacotinhos de Bombril e algumas coisas pessoais que não couberam na mala quando viemos!!!! 
Como o nosso pessoal veio no inverno outra preocupação que tivemos foi de providenciar algumas roupas que evitasse a vontade de voltar no mesmo vôo que vieram. Compramos calças e camisetas térmicas para usar por baixo da calça jeans, além de casaco e botas para os dias de neve e muito frio.
Segue algumas fotos da chegada e da beleza da neve nos primeiros dias de nossas visitas aqui em Montreal.
Silvia



sábado, 29 de novembro de 2008

Montreal é só cultura!

Olá pessoal!

Chegamos aqui no verão e o verão é cheio de coisas para fazer, são muitos festivais, de bons festivais, como Festival de Jazz, Festival Just Pour Rire, Festival de cinema do mundo, entre outros além de desfiles e outros programas culturais. Eu pensava que estas atividades aconteciam somente no verão e que o verão era o período das celebracões. Mas na realidade as atividades culturais acontecem o ano todo.  Assim que passou a festa de Halloween, começaram as comemorações e preparações para Natal, na semana passada tivemos o Desfile do Papai Noel e esta semana me surpreendi com um anúncio no jornal do Festival do Filme Brasileiro de Montreal. Achei que é uma boa dica para divulgar aqui no blog. Maiores informações podem ser obtidas no site do festival www.brazilfilfest.net. Dezembro será também o mês das comemorações Natalinas e janeiro teremos a Festa das Neves! 
É isso aí, vamos curtir o inverno e as suas coisas boas!
Um grande abraço para todos.
Silvia