domingo, 28 de setembro de 2008

Trabalhando!!

Olá amigos!
Faz um tempo que eu não faço nunhuma postagem. Só a Silvia vinha escevendo um bocado, né?
Pois é, passei por uma fase meio angustiante. Pois apesar de a gente ter vindo com uma boa reserva para cá, a grana vai rápido nos primeiros meses. Cheguei a pensar que nós teríamos que voltar ao Brasil.
Bem, vou falar um pouco da busca de emprego aqui no Canadá, para a minha área, eng. mecânica. Nos primeiros dias que chegamos já comecei a enviar CVs pelos sites de busca de emprego daqui. Comecei lá mesmo de Rimouski e depois quando viemos para Montréal. As buscas que fiz foram: eng. mec, técnico em eng. mec., desenhista cad, etc. Os sites que eu visitava foram:

www.emploiquebec.net
www.jobboom.com
www.monster.ca

Além dos sites de emprego, buscava no google empresas da área de engenharia, entrava no site e enviava meu cv.
Todas as vagas em que via relação com a minha experiência profissional, eu aplicava. Bem, para resumir a história: não recebi nenhuma chamada para entrevista ou qquer retorno. Bem, só para ambientar o pessoal sobre a minha experiência profissional: eu trabalhei 6 anos na mesma empresa no Brasil após ter saído da faculdade. A minha área é em design mec., utilizando simulação numérica.
Antes de sair do Brasil, entrei em contato com um amigo que fiz em uma das campanhas de medições que realizei pelo trabalho. Ele estava trabalhando numa empresa de eng. daqui de Montréal. Contei a história para ele que estávamos indo para Montreal. E ficamos de falar na seqüência. Quando cheguei aqui, mandei meu CV para ele. Uma coisa muito importante do CV é conter numero de telefone para contato. Os caras gostam muito de telefone por aqui. Bem, ai começou: meu CV estava dentro da empresa. O chefe disse que tinha gostado do meu CV. Após muitas semanas, recebi uma ligação da empresa. Era uma pessoa do setor de recursos humanos. Me pediu se eu poderia falar uns minutos. Acho que foram uns 15 min. Era uma sexta- feira. Ela me pediu pra confirmar alguns dados, coisas que já estavam no CV. Perguntou qual era a minha formação, qual a minha experiência e tbem no que eu gostaria de trabalhar. Já neste primeiro contato, foi em inglês e francês. No final da chamada, ela disse que me ligaria outra hora. Bem, passei o final de semana me preparando para uma entrevista com prováveis perguntas. Fui até a casa de uma amigo pra treinarmos uma entrevista em inglês e tbem fiz o mesmo por telefone. Isto foi muito bom. Na segunda-feira seguinte, pela tarde, ela me ligou navamente pra me chamar pra uma entrevista no dia seguinte, terça-feira de manha às 9 horas, mas me deixou um tema de casa, preparar uma apresentação sobre a minha experiência profissional. Ah, outra coisa que ela disse é que eu seria entrevistado por duas pessoas, as 9hs, e as 10hs, por mais 2 pessoas. Cada dupla seria formada por uma representante do RH e um da área técnica. Fiquei até meia-noite e meia +- preprarando um ppt, que eu imprimi em 4 cópias. No dia seguinte fui eu lá, num dos dias muito importantes pra mim e pra minha famíla. O meu francês estava melhor que o inglês. Cheguei lá na hora. Ela me perguntou se eu queria que fosse em inglês ou francês. Isto eu achei muito legal. Disse que apesar de eu estar usando muito o frances ultimamente, preferia o inglês, devido a termos técnicos. Sem problemas, ela disse. Já de cara ela disse que meu ingles estava bom. Fiquei mais aliviado. Eles falavam devagar. Foi bem tranquilo. Tive que falar da minha experiência, sobre o que eu queria fazer da vida, a curto e médio prazo, coisas que gostava e não gostava do meu último emprego, estas coisas. Ah, outra coisa, qdo cheguei, eu entreguei uma cópia da apresentação que eu fiz. Eles gostaram bastante de eu tê-la feito. A primeira entrevista tinha acabado e parti pra a próxima rodada. Na verdade era porque tinham 2 divisões diferentes da empresa pelas quais eu estava passando. A segunda entrevista foi legal também, com perguntas diferentes, uma que eu não tinha me preprarado: fale de você. Mas deu tudo certo no fim. Me perguntaram caso eu quisesse escolher por uma divisão ou outra, qual eu escolheria. Escolhi a que tinha mais relação com o meu background. A mulher do RH então me disse que era para eu entrar em contato no final da outra semana para  saber o resultado, pois tinha mais candidatos. OK! Fiz a minha parte! Agora era esperar. E bota esperar. Liguei no final da outra semana e ela me disse que eles tinham se interessado, mas, como eu tinha escolhido a outra divisão, e a guria do RH iria entrar em férias, era para eu esperar mais uma semana, e disse que eles entrariam em contato. Mon Dieu!! Até então não tinham batido o martlelo! Já era quinta-feira da outra semana e nada! Disse pra Silvia que era o meu limite, e que se não ligassem até de tarde, eu ligaria. Saímos para passear no parque Mont-Royal. Foi então que lá pelo meio-dia, a guria do RH da divisão que eu escolhi ligou. UFA!! Ela me disse que tinha uma lettre (carta) para mim lá e queria saber se eu poderia passar lá para assinar. Claro, amanhã pode ser. Chega então o grande dia, EHHH!! Que felicidade!! Assinei o contrato!! Consegui trabalho, e ainda mais, na minha área. Quer dizer: na área de engenharia e no mesmo ramo da minha experiência. Muito legal, fechou todas, posso coloborar para minha nova empresa com o meu background e lógico, tenho muito a aprender!! Estou realmente muito feliz!!
Além desta empresa, só tinha sido contatado por uma outra empresa, na minha área, mas o problema que a recém havíamos chegado aqui em Montréal e estávamos gostando bastante daqui, e a vaga era para uma pequena cidade bem ao norte da província do Québec. uma pequena cidade com menos de 30 mil habitantes. Muitas dúvidas, o salário não era muito bom, enfim, não aceitei, ainda bem! Mas o que queria dizer é que este contato desta outra empresa do norte, só consegui pois, a Silvia e eu participamos de um curso provido pelo governo do Québec e lá vi um anúncio de vaga num quadro, mas estava escrito Montréal. E então telefonei pra empresa, o presidente atendeu. Falei um pouco com ele e disse que enviaria meu CV. Após isso ele me chamou para uma entrevista. Disse que meu CV era muito bom e me ofereceu uma vaga. Pedi um tempo para analisar a situação, mas acabei não aceitando. Pois estava também esperando ancioso a resposta da empresa em que trabalho hoje.
Bem, após 3 meses e uma semana de Canadá e/ou 2 meses e 2 semanas de Montréal, comecei a trabalhar.
Analisando as buscas de emprego:
Fiquei um pouco decepcionado com o resultado que os sites de buscas de emprego deram (para a minha situação, é claro). Contatos mais diretos, via telefone, visita a empresa, contatos com outras pessoas que já estão trabalhando, é muito mais efetivo. Parece óbvio, mas para quem está chegando, fica difícil ter estes contatos. Tem a barreira da língua e tudo mais. Contato por telefone nos primeiros meses, é complicado. Mas os caras aqui gostam muito de telefone. Uma coisa que achei interessante é que uma das empresa que havia enviado cv pelo site me mandou uma correspondência informando que recebera meu cv mas que no momento não disponibilizava de nenhuma vaga na minha área e que meu cv ficaria no banco de dados.
Alors, de novo, estamos gostando muito daqui, a cidade oferece muitas atividades para se fazer, em todas as estações do ano. E agora com emprego, poderemos continuar a absorver esta nova cultura com mais tranquilidade.
Abraço a todos,
Sorte e sucesso para os que estao vindo: Percevera e triunfarás!!
Thiago

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Semana Farroupilha na América do Norte!!!

Olá Pessoal!!!!

Sábado de manhã eu e o Thiago estávamos conversando, pensando o que iríamos fazer já que a previsão do tempo estava sinalizando um dia bonito e agradável. Então comentamos que se estivéssemos em Porto Alegre iríamos no Acampamento Farroupilha... E aí as idéias vieram: Podíamos fazer um churrasco hj, comemorar o marco inicial da Revolução Farroupilha!!! Boa idéia!!! Mas só nós dois???? Não, vamos chamar alguns amigos!!!! Ok!!!!
Bem, o dia estava muito agradável, fomos no parque Elgar, bem pertinho de casa. O Thiago e o Anderson foram a Brossard buscar a carne, pois o preço é convidativo, além do mais o pessoal já conhece a gaúchada que habita a Île des Soeurs e o corte é especial para os brasileiros.
Eu levei um chimas e o fogo foi a Fabiane que fez, aliás ela é professora no assunto! Para assar todo mundo ajudou um pouco, mas quem fez pose foi a homarada, hehehe.
Segue as fotos...


Olha o churras!!!
Thiago, Anderson e Léo!
Aí toda a galera, começando pela esquerda: Silvia, Thiago, Antônio, Jane, Léo, Aline, Anderson, Dna Santa (mais nova habitante de Québec) e a filhota dela, Fabiane. Como alguém tinha que tirar a foto a Julia não saiu nesta! 

Mais isso não foi tudo...

Na Francisation cada semana dois ou três alunos deve apresentar um tema, uma coisa que gosta de fazer, falar sobre o seu país, o tema é livre. Como esta era a minha semana, aproveitei para falar de algo que gosto e divulgar a cultura gaúcha para o mundo!!! Foi muito legal, pois todos ouviram curiosos  e atentos. O tema que escolhi foi o chimarrão.


Levei todo o aparato, inclusive uma foto de um porongo ainda verde e de um pé de erva-mate.

Rioko, minha colega japonesa achou que a bomba estava muito quente mas curtiu o chima, a Sukania ficou só olhando e não quis experimentar.

A nossa monitora, July também experimentou mas achou muit forte.

Minhas parceiras de mate foram a Dolores que é da Argentina e a Mileidi que é cubana, não apareceram na foto pois eram as fotógrafas.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Dias difíceis, emprego e hospital

Olá pessoal!
É, estou um tempo sem escrever... mas hoje resolvi retomar o blog pois tenho muita informação para passar.
Antes de iniciar o post sobre o atendimento no hospital, quero comentar duas coisas que aconteceram nas últimas semanas: A primeira que nos deixou muito feliz é que o Thiago começou a trabalhar, detalhes ele vai contar num próximo post. E a outra é que perdi meu pai no início da semana que passou. Para nós que escolhemos deixar nossas familias e nos mudar para um país distante, entendo que este é o pior momento. Meu pai estava doente, mas ao mesmo tempo administrava muito bem a doença. Sabia que um dia passaria por isso, mas jamais pensei que seria tão rápido. Lembro do instante em que o abracei no aeroporto e sem dizer uma palavra as lágrimas correram e ele sabendo o que passava na minha cabeça naquele momento me disse: "Não te preocupa Mana, o pai está bem". Conversei com a minha familia e decidimos que o melhor seria ficar e não ir para Brasil neste momento. Convivi muitos bons momentos com meu pai e é esta lembrança que guardo dele.
Bem, quanto ao atendimento no hospital tenho a dizer que fiquei muito satisfeita. Passamos na recepção para fazer os exames e nos encaminharam para outra sala para fazer a carteirinha do hospital. No momento da confecção da carteirinha optamos pelo tipo de acomodação que terei no hospital, sendo que existe três classificações: Normal pela assurance maladie, semi-privativo onde a diária custa cerca de 80 dólares e privativo que custa 170 dólares por dia. Optamos pela normal, mas podemos trocar a qualquer momento. Junto com a carteirinha ganhei um livro sobre a gravidez e os dois primeiros anos do bebe, o que achei muito interessante. A moça que nos atendeu nos informou sobre o banco de cordão, perguntou se tínhamos interesse e respondemos que sim então ela marcou para participarmos de uma palestra no mês de dezembro. Também nos falou que no mês de janeiro, um mês antes do bebe nascer, podemos participar de uma visita guiada pelo hospital para conhecer suas intalações, achei isso simplesmente fantástico. O atendimento foi bastante rápido e logo voltamos para o setor de exames. Neste setor tivemos que esperar um pouco, mas nada mais de meia hora. Fiz oito tipos de exames, entre eles HIV, rúbeola, tipo sanguíneo, hepatite, urina e outros. Segundo a médica, todos estes exames são de rotina para mulheres grávidas. Já deixamos marcado um próximo exame de glicose. Fomos então ao setor de ecografia, e marcamos a próxima eco para início do mês de outubro.
Abraço,
Silvia

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Usando o serviço médico!

Olá pessoal!!!

Como já tínhamos comentado num dos posts iniciais, nós escolhemos o Québec para morar, trabalhar e também ter o nosso ou os nossos filhos. Estávamos nos preparando para isso, mas não pensávamos que iria acontecer tão rápido. Bem, o que aconteceu é que viemos para o Canadá e no primeiro mês já senti os primeiros sintomas de gravidez. Fiz um teste de farmácia e ... "Bingo" positivo, repeti o teste no outro dia e ... "positivo". Sendo assim o próximo passo era marcar uma consulta médica e pagar por ela, pois o nosso seguro viagem não cobria despesa desta natureza e também ainda não tínhamos recebido a nossa Carte du Soleil - Assurance maladie. Descobri que bem perto de onde moramos tem uma polyclinique e então fui até lá para saber se tinha médica ginecologista-obstetra. Gostei do local e tb da recepção, porém não pude marcar a cansulta naquele momento pois a secretária da médica não estava, mas estaria no outro dia e fui instruída a fazer isso por telefone. No outro dia uma amiga ligou para mim, pois me senti um pouco insegura para falar em francês no telefone. Minha amiga pediu uma consulta com a médica tal e inicialmente a secretária disse que somente para o mês de novembro. Nossa!!! Então minha amiga falou que era um caso de gravidez e que não podia esperar para novembro. Com a palavra gravidez a conversa tomou outro rumo e agendou a consulta para final do mês de julho, quase um mês depois do agendamento. Durante este período de espera da consulta, tomamos algumas providências. Pesquisamos na internet e descobrimos que em caso de gravidez, poderíamos receber uma autorização para usarmos o sistema de saúde mesmo antes dos três meses. Ligamos para Regie d'assurance maladie para trocarmos o endereço e também informamos que eu estava grávida. Fomos informados que receberíamos uma carta e então teríamos que confirmar a troca de endereço que poderia ser pessoalmente no bureau da regi ou por fax.  No dia da consulta não tínhamos ainda recebido a tal carta, mas já estávamos preparados para pagar esta primeira consulta. O nosso horário estava marcado para as  9:30min da manhã, a scretária fez o meu dossie e nos disse que a consulta custaria 30 dólares e caso a médica fizesse uma ecografia então custaria mais uns 120 dólares, mas se quiséssemos poderíamos ligar para a Regie e pedir para que eles nos enviassem uma autorização por fax. O Thiago ficou mais de meia hora pendurado no telefone até que conseguiu ser atendido, mas não deu em nada. Nos informaram que o processo de troca de endereço ainda não estava concluído e que então não poderiam nos dar a autorização. Ok, vamos pagar! Mais algum tempo de espera e a secretária me levou para uma outra sala, para pesar, verificar pressão, temperatura e fazer um questionário sobre a minha saúde. Outra sala e aguardar mais um pouco... Bem, foi realmente atendida uma hora e meia depois do horário marcado. Como ainda não estamos trabalhando e também não tínhamos nenhum compromisso para aquele dia, não tivemos problema algum em esperar. Gostamos bastante da médica, simpática, nos fez sentir bem e também muito profissional. Me examinou, constatou que estava tudo certo com o bebê, fizemos a ecografia e então ela nos passou algumas instruções como: Indicou um hospital e pediu que fossemos até lá para fazer a carteirinha do hospital e também realizar alguns exames laboratorias. Na saída pagamos a consulta e mais a eco que no total deu 150 dólares. Já deixamos agendada a nova consulta que será dentro de 30 dias.
Alguns dias depois chegou a carta da Regie e resolvemos ir até lá para fazer a comprovação do endereço. Chegamos no local que estava cheio de gente, passamos por um atendimento prévio e recebemos uma senha para o atendimento. Depois de quase uma hora e meia de espera fomos atendidos. Mostramos o nosso contrato de aluguel, mas a atendente nos falou que faltava a folha das assinaturas. Disse que não poderia concluir o processo e que deveríamos voltar outro dia ou mandar por fax. Bah, foi aí que o Thiago lembrou de ligar para nossa imobiliaria e pedir que eles mesmo passassem o fax. Ela disse que o expediente já estáva quase terminando, mas se eles conseguissem mandar até o final do expediente ela concluiria o nosso processo e nos daria a autorização para começar a usar a assurance. Esperamos mais uns 10min e o fax foi enviado, saímos de lá com uma autorização nas mãos e a promessa que em 15 dias a nossa carte du soleil chegaria na nossa casa!!! Agora já podemos ir no hospital para fazer a carteirinha e os exames médicos.
Mais dois ou três dias e a carte du soleil chegou, nem precisamos esperar os 15 dias!!!
O atendimento o hospital vai ser assunto para um próximo post.
Silvia